Durante muito tempo, a blockchain Terra e seu token LUNA foram considerados promessas revolucionárias no universo das finanças descentralizadas. Com uma proposta ambiciosa de criar uma stablecoin algorítmica e uma economia sustentável sem a necessidade de reservas reais, o projeto ganhou força — até colapsar de forma catastrófica.

Neste artigo, você vai entender:
A História de um dos Maiores Colapsos Cripto e as Lições para Investidores
Relembre o que era a Terra: LUNA e UST
A Terra foi criada em 2018 pela empresa sul-coreana Terraform Labs, fundada por Do Kwon e Daniel Shin. Seu lançamento oficial ocorreu em 2019.
A principal proposta da rede era oferecer um sistema de pagamentos e transações financeiras descentralizadas por meio de stablecoins nativas, como o TerraUSD (UST), indexado ao dólar.
Como funcionava o sistema LUNA–UST?
O mecanismo era baseado em um modelo algorítmico, ou seja, sem colateral físico como lastro. O token LUNA servia como um “ativo elástico” de compensação:
- Se o UST estivesse acima de US$ 1, os usuários podiam trocar US$ 1 em LUNA por 1 UST, obtendo lucro e reduzindo o preço da stablecoin.
- Se o UST caísse abaixo de US$ 1, o inverso acontecia: os usuários trocavam UST por LUNA, reduzindo a oferta de UST e tentando restaurar a paridade.
Esse modelo ficou conhecido como “mint and burn” — um mecanismo de emissão e queima de tokens para equilibrar preços.
Conheça o Anchor Protocol
Em 2021, o ecossistema Terra cresceu rapidamente graças ao Anchor Protocol, que oferecia um rendimento fixo de ~20% ao ano sobre depósitos em UST. Isso atraiu bilhões de dólares, com muitos usuários tratando UST como uma “poupança digital descentralizada”.
Em seu auge:bn
- A capitalização de mercado de LUNA ultrapassou US$ 40 bilhões.
- O UST tornou-se a terceira maior stablecoin do mercado, atrás apenas de USDT e USDC.
- A rede Terra possuía centenas de aplicações DeFi, NFTs e projetos Web3.
Maio de 2022: A Quebra da UST e a descontinuação de LUNA
Início da crise
Entre os dias 7 e 9 de maio de 2022, grandes quantidades de UST foram retiradas do Anchor e vendidas no mercado. Isso causou uma leve perda da paridade com o dólar — um “despeg” momentâneo.
A instabilidade gerou pânico no mercado. Traders começaram a realizar arbitragem agressiva e a queimar UST por LUNA. Para manter o sistema, a blockchain aumentou significativamente a emissão de LUNA.
Efeito dominó e hiperinflação
O resultado foi devastador:
- O fornecimento de LUNA saltou de 350 milhões para mais de 6 trilhões de tokens em poucos dias.
- O preço do LUNA, que era de mais de US$ 80, caiu para quase zero.
- O UST não recuperou a paridade e passou a valer centavos de dólar.
- Mais de US$ 45 bilhões em valor de mercado desapareceram.
A crise derrubou também a confiança em outras stablecoins e afetou projetos DeFi interconectados com o ecossistema Terra, gerando um efeito cascata no mercado.
O Que os Investidores Devem Aprender com Isso
A queda da Terra (LUNA) gerou um dos maiores choques da história do mercado cripto. Mas também trouxe lições valiosas:
1. Promessas de rendimentos altos devem ser analisadas com cuidado
- Anchor oferecia 20% ao ano sem riscos aparentes. Isso atraiu usuários sem preparo técnico e com pouco entendimento dos riscos de algoritmos instáveis.
2. Diversificação é fundamental
- Muitos investidores colocaram todo o seu capital em UST buscando rendimento fixo. Uma estratégia de portfólio balanceado poderia ter reduzido perdas.
3. Modelos algorítmicos ainda são experimentais
- Mesmo com auditorias e grande apoio de capital de risco, o modelo da Terra mostrou-se frágil em situações de estresse.
4. A importância da escolha da plataforma
- Exchanges com critérios rígidos de listagem, suporte multilíngue e práticas de gestão de risco podem oferecer mais proteção aos usuários.
Terra Classic e Terra 2.0: Um Recomeço?

Após o colapso, a comunidade e a Terraform Labs propuseram uma reorganização do projeto:
Terra Classic (LUNC)
- A blockchain original foi mantida e renomeada como Terra Classic.
- O token LUNA passou a se chamar LUNC (LUNA Classic).
- UST virou USTC (TerraUSD Classic).
- A comunidade passou a promover queima de tokens para tentar reduzir a oferta e estimular valorização.
- Apesar do esforço da comunidade, o projeto continua sendo altamente especulativo.
Terra 2.0 (novo LUNA)
- Foi lançada uma nova blockchain, chamada Terra 2.0.
- O novo token LUNA foi distribuído via airdrop para antigos detentores afetados.
- A nova rede não possui stablecoins algorítmicas.
- O foco passou a ser reconstruir o ecossistema com novos projetos, DeFi, NFTs e dApps.
Situação atual na MEXC
Na MEXC, os dois tokens estão listados:
- LUNC (Terra Classic) — usado por traders que ainda acreditam em possíveis recuperações especulativas.
- LUNA (Terra 2.0) — que representa o novo projeto, com menor capitalização e adoção limitada até o momento.
Terra Ainda Tem Futuro?
Essa é uma pergunta complexa. Alguns membros da comunidade continuam comprometidos com ambos os projetos. No entanto:
- A confiança no nome “Terra” foi severamente danificada.
- O setor passou a questionar o papel das stablecoins algorítmicas.
- Investidores estão mais cautelosos com projetos que prometem alto rendimento sem colateral real.
Projetos de “segunda chance” existem no mercado cripto — e alguns se reerguem com sucesso. Mas o caso da Terra exige um nível altíssimo de cautela.
Conclusão: A História da Terra é um Alerta para o Futuro
A ascensão meteórica e o colapso da Terra (LUNA) oferecem uma narrativa poderosa sobre os riscos e oportunidades do universo cripto.
O que fica de lição?
- Estude antes de investir.
- Avalie modelos de negócio, governança e riscos.
- Prefira plataformas com histórico confiável e boa gestão de ativos.
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