A América Latina vive um cenário econômico desafiador: inflação alta, moedas que desvalorizam rapidamente e acesso restrito a moedas fortes como o dólar ou o euro. Em meio a essas dificuldades, muitos latino-americanos buscam alternativas para proteger seu patrimônio, receber pagamentos do exterior ou simplesmente enviar dinheiro para familiares em outros países sem pagar taxas abusivas.
Nesse contexto, as stablecoins vêm ganhando destaque como uma solução prática, acessível e cada vez mais popular. Diferente de outras criptomoedas, elas mantêm seu valor atrelado a moedas estáveis, como o dólar, trazendo mais segurança e previsibilidade para quem precisa fugir das oscilações das moedas locais.

Mas afinal, o que são stablecoins e por que elas fazem tanto sentido para quem vive na América Latina? É isso que vamos explorar a seguir, entendendo melhor como funcionam e por que estão revolucionando o dia a dia financeiro de milhões de pessoas na região.
Neste artigo você vai entender:
O que são Stablecoins e Por que Fazem Sentido na América Latina?
Se as criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin e o Ethereum, são conhecidas pela volatilidade, as stablecoins surgem com uma proposta diferente: oferecer estabilidade em meio ao caos. Elas são ativos digitais projetados para manter o valor estável, geralmente “atrelados” a moedas fiduciárias como o dólar (USD) ou o euro (EUR), e por isso não sofrem as mesmas oscilações bruscas vistas em outras criptos.
Como funcionam as stablecoins?
Na prática, isso significa que 1 stablecoin (por exemplo, 1 USDT ou 1 USDC) costuma valer sempre aproximadamente 1 dólar. Essa característica faz toda a diferença para quem vive em países onde a moeda local perde valor rapidamente ou sofre constantes variações. Em vez de depender do real, peso argentino ou bolívar venezuelano, o usuário pode guardar parte de suas economias em stablecoins, acessando uma espécie de “dólar digital” de forma simples, sem precisar abrir conta fora do país ou recorrer ao mercado paralelo.
Além disso, stablecoins tornam possível movimentar valores de forma rápida, segura e com taxas baixas – tanto para transferências internacionais quanto para pagamentos do dia a dia. Com poucos cliques, qualquer pessoa pode enviar ou receber stablecoins, protegendo seu dinheiro da inflação e facilitando remessas entre diferentes países da região.
Stablecoins e Remessas Internacionais: Uma Revolução em Velocidade e Custo

Como funcionam as remessas tradicionais:
O envio de dinheiro para o exterior sempre foi um desafio para muitos latino-americanos. Bancos tradicionais e empresas de remessas cobram taxas elevadas, além de exigir documentação, burocracia e, muitas vezes, demora no processamento. Para quem depende dessas transferências — seja para ajudar familiares, receber pagamentos de trabalhos realizados fora do país ou enviar valores entre fronteiras —, cada centavo economizado faz diferença.
Vantagens das remessas com stablecoins
É nesse cenário que as stablecoins começam a transformar a realidade das remessas internacionais. Ao utilizar moedas digitais estáveis, é possível transferir valores quase instantaneamente, com custos muito menores e sem precisar passar por intermediários tradicionais. Enquanto métodos convencionais podem levar dias para concluir uma transação e cobrar taxas que chegam a 10% ou mais do valor enviado, uma transferência via stablecoin normalmente é concluída em minutos, com custos que podem ser inferiores a 1 dólar, dependendo da rede utilizada.
Além da economia e rapidez, as stablecoins também garantem maior previsibilidade: quem recebe sabe que não sofrerá com a desvalorização da moeda local enquanto espera o dinheiro cair na conta. Por isso, muitos trabalhadores, autônomos e até pequenos empresários já optam por receber pagamentos e fazer transferências usando stablecoins — inclusive para contornar limitações cambiais impostas por governos locais.
Proteção contra Inflação: Stablecoins como Refúgio Financeiro
Se as stablecoins já se destacam como solução prática para remessas internacionais, seu papel ganha ainda mais importância diante da inflação crônica e da constante desvalorização das moedas na América Latina. Países como Argentina, Venezuela e, em menor grau, Brasil, enfrentam cenários em que o poder de compra do dinheiro local diminui rapidamente, corroendo o salário e as economias da população.
Diante dessa realidade, cada vez mais pessoas buscam refúgio em ativos que mantenham seu valor — e, para muitos, as stablecoins são a forma mais acessível e digital de “dolarizar” o patrimônio, mesmo sem ter uma conta bancária no exterior. Ao converter parte do dinheiro em stablecoins, o usuário protege seu poder de compra, evitando perdas decorrentes de uma moeda local instável.
Dolarização digital: protegendo o poder de compra
Na prática, isso significa que, mesmo com a economia oscilando, o valor armazenado em stablecoins acompanha a cotação do dólar ou do euro, reduzindo o impacto da inflação no dia a dia. Para famílias, pequenos negócios e freelancers, essa alternativa representa uma verdadeira “válvula de escape” em tempos de crise econômica.
A crescente adoção das stablecoins na região não é coincidência: elas são, muitas vezes, o primeiro passo de milhões de latino-americanos no universo das criptomoedas — um tema que será explorado na próxima seção.
O Papel das Stablecoins na Adoção de Criptomoedas na América Latina

Dolarização digital: protegendo o poder de compra
A busca por proteção contra a inflação e por alternativas para remessas internacionais levou milhões de latino-americanos a descobrirem as stablecoins. Mas o impacto dessas moedas digitais vai além da simples conversão de valores: elas estão funcionando como a principal porta de entrada para o universo das criptomoedas na região.
Diferentemente do que ocorre em outros mercados, onde o interesse inicial costuma ser pelo Bitcoin ou Ethereum, na América Latina o primeiro contato de muitos usuários com cripto ocorre por meio das stablecoins. Isso acontece porque a proposta de estabilidade, praticidade e facilidade de conversão para moedas fortes atende a necessidades imediatas e urgentes da população local.
Expansão do uso em diferentes perfis de usuários
Ao experimentar stablecoins para proteger seu dinheiro ou realizar transferências, as pessoas acabam se familiarizando com carteiras digitais, exchanges e ferramentas descentralizadas. Essa experiência inicial abre caminho para a exploração de outros ativos digitais e soluções inovadoras do ecossistema blockchain, impulsionando ainda mais a adoção das criptomoedas na região.
Apesar dos benefícios, existem também desafios importantes no uso das stablecoins, especialmente quando se fala em riscos, segurança e regulamentação. Esses pontos merecem atenção especial no contexto latino-americano.
Desafios e Riscos do Uso de Stablecoins na América Latina
Embora as stablecoins ofereçam vantagens significativas para quem busca estabilidade e praticidade, seu uso também apresenta desafios e riscos específicos no cenário latino-americano. Um dos principais obstáculos é a falta de educação financeira, que pode levar usuários iniciantes a cometerem erros, como confiar em plataformas não confiáveis ou cair em golpes e esquemas fraudulentos.
Incertezas regulatórias
Além disso, o ambiente regulatório ainda é incerto em muitos países da região. Mudanças nas leis ou restrições impostas pelos governos podem afetar o acesso a exchanges, carteiras digitais ou até mesmo à conversão entre moedas locais e stablecoins, trazendo insegurança para quem depende dessa tecnologia no dia a dia.
Segurança digital e prevenção de
Outro ponto importante é a escolha das plataformas e dos serviços utilizados. Nem todas as exchanges ou aplicativos são igualmente seguros, e incidentes envolvendo hacks, bloqueios ou falta de liquidez já ocorreram em diferentes mercados. Por isso, é fundamental pesquisar bem, utilizar serviços reconhecidos e adotar boas práticas de segurança.
Mesmo com esses desafios, a procura por stablecoins segue em alta, impulsionada pela necessidade de soluções acessíveis, rápidas e eficientes em meio à volatilidade econômica da região. O cenário, porém, está em constante evolução, com novidades e tendências que prometem impactar ainda mais o uso dessas moedas digitais.
Futuro: O Que Esperar das Stablecoins na Região?

A trajetória das stablecoins na América Latina aponta para um cenário de expansão e inovação nos próximos anos. Com o aumento da digitalização dos pagamentos, a popularização das carteiras digitais e o crescimento das fintechs, a tendência é que o uso das stablecoins se torne cada vez mais comum no cotidiano das pessoas e das empresas.
Novas stablecoins e integração com CBDCs
Novas opções de stablecoins, lastreadas em diferentes moedas ou até em commodities, vêm surgindo para atender necessidades específicas de mercados locais. Além disso, a discussão sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) está avançando em diversos países, o que pode ampliar ainda mais o acesso a alternativas digitais estáveis, integrando-se ou competindo com as stablecoins privadas já existentes.
Tendências de regulamentação e inclusão financeira
Ao mesmo tempo, há uma movimentação crescente em torno de regulamentações que buscam garantir maior segurança e transparência nesse ecossistema, protegendo os usuários sem limitar a inovação. Esse equilíbrio será fundamental para que stablecoins cumpram seu potencial de inclusão financeira e democratização do acesso a serviços digitais de qualidade em toda a América Latina.
O futuro aponta para stablecoins cada vez mais presentes na vida das pessoas, seja como ferramenta para preservar valor, realizar pagamentos internacionais ou facilitar o acesso a um universo financeiro mais global e conectado.
Em um cenário de instabilidade econômica, inflação elevada e dificuldade de acesso a moedas fortes, as stablecoins vêm se consolidando como uma alternativa eficiente e acessível para milhões de latino-americanos. Elas não apenas facilitam remessas internacionais e protegem o patrimônio contra a desvalorização das moedas locais, mas também desempenham um papel central na inclusão financeira e na introdução de novos usuários ao universo das criptomoedas.
Apesar dos desafios, como riscos de segurança e incertezas regulatórias, o potencial das stablecoins para transformar a forma como lidamos com o dinheiro é evidente. Ao unir praticidade, rapidez e estabilidade, essas moedas digitais estão mudando a rotina de pessoas, famílias e empresas em toda a América Latina.
Comece a explorar stablecoins com a MEXC
Se você deseja aproveitar ao máximo as oportunidades que as stablecoins oferecem — seja para enviar dinheiro ao exterior, proteger seu patrimônio ou começar a investir em cripto de maneira segura — a MEXC disponibiliza uma plataforma completa para negociar stablecoins, realizar operações em spot ou explorar o universo dos futuros. Crie sua conta agora mesmo e descubra como a tecnologia pode transformar sua relação com o dinheiro, com segurança e autonomia em cada operação.
Junte-se à MEXC e comece a negociar hoje