Resumo: por que novembro pode marcar um fundo
Em novembro de 2025, uma confluência de indicadores on-chain e dados de trading tem levado analistas a considerar a possibilidade de que o Bitcoin (BTC) tenha formado um fundo. Entre os sinais citados estão a predominância de posições longas de investidores de grande porte, aumento do volume à vista e queda do interesse aberto em derivativos — sinais de menor alavancagem e maior participação de capital real no mercado.

Sinais on-chain e de mercado que sustentam a hipótese
Identificar o exato ponto de fundo é sempre desafiador. Ainda assim, alguns indicadores mostram comportamento consistente com um piso de mercado:
- Predominância de posições das grandes carteiras: métricas que comparam o posicionamento de investidores institucionais e baleias frente ao varejo apontaram para uma maior inclinação das grandes carteiras a posições longas. Historicamente, esse padrão acompanhou áreas de acumulação e recuperação de preços.
- Aumento do volume spot: plataformas de câmbio registraram aumento do volume negociado à vista em novembro, sugerindo retorno do capital para compras de BTC “real” em vez de apostas alavancadas.
- Queda do open interest em derivados: uma redução no interesse aberto costuma indicar que posições alavancadas foram liquidadas ou diminuídas, reduzindo o risco de movimentos abruptos gerados por liquidações forçadas.
- Fluxo para carteiras de longo prazo: aumentos nas transferências para carteiras que historicamente mantêm moedas por períodos extensos sugerem acumulação em bases mais sólidas.
O que a transição de derivativos para o mercado à vista significa
Quando o capital migra de contratos futuros e outras formas de alavancagem para o mercado spot, o preço tende a ganhar suporte mais sustentável. Derivativos amplificam movimentos por meio de liquidações e squeezes; um mercado menos dependente de alavancagem reduz a probabilidade de quedas rápidas e intensas causadas por cascatas de liquidações.
Contexto macro e regulatório em 2025
Para avaliar a robustez de um eventual fundo, é preciso considerar o ambiente macroeconômico e regulatório de 2025:
- Política monetária: em 2025 os principais bancos centrais transitam de um ciclo de aperto para um ambiente de taxas mais estáveis ou cortes graduais, após esforços para domar a inflação em 2022–2024. Isso reduziu a pressão por ativos de refugo e pode favorecer ativos de risco em busca de rendimento.
- Fluxo institucional: desde a aprovação de produtos regulamentados e maior clareza jurídica em várias jurisdições, houve aumento na participação institucional em ativos digitais. Essa tendência continuou em 2025, com alocações táticas em portfólios institucionais.
- Regulação: o quadro regulatório segue evoluindo globalmente, com países buscando equilibrar proteção ao investidor e inovação. Decisões regulatórias inesperadas ainda têm potencial de volatilizar o mercado, especialmente em mercados locais.
Riscos: o perigo do “dead cat bounce” e outros fatores
Apesar dos sinais promissores, há riscos reais que podem transformar qualquer recuperação em temporária:
- Dead cat bounce: recuperações curtas após quedas acentuadas são comuns. Um retorno de preço pode atrair compradores de curto prazo que depois são surpreendidos por nova pressão vendedora.
- Eventos macro inesperados: choques econômicos, reversões de política monetária ou crises geopolíticas podem reverter rapidamente o sentimento do mercado.
- Risco de liquidez: períodos com menos participantes dispostos a comprar nas quedas podem amplificar perdas se grandes vendas ocorrerem.
- Movimentos em mercados correlacionados: correlação entre Bitcoin e ativos de risco (ações, tecnologia) ainda persiste em muitos momentos; uma correção ampla pode arrastar o BTC para baixo.
Indicadores práticos a acompanhar nas próximas semanas
Para investidores e traders que buscam confirmar um fundo ou medir risco, alguns indicadores práticos são relevantes:
- Volume spot agregado das principais exchanges — sustentações consistentes dos volumes indicam demanda real.
- Tendência do open interest em contratos futuros — queda continuada sugere desalavancagem saudável.
- Fluxo para endereços de longo prazo — aumento de saldo em carteiras de acumulação é positivo.
- Comportamento das baleias — entradas ou saídas súbitas podem sinalizar mudança de tendência.
- Sentimento de mercado e DVOL (implied volatility) — volatilidade implícita estabilizando indica menor nível de medo e especulação.
Estratégias para diferentes perfis de investidor
Como toda decisão de investimento, a resposta depende do horizonte e da tolerância ao risco:
Perfil conservador
- Aguardar confirmação: buscar consistência nos sinais por várias semanas antes de aumentar exposição.
- Diversificação: limitar a parcela de portfólio em criptoativos e considerar alocações mais conservadoras.
- Gestão de risco: usar ordens de stop e evitar alavancagem.
Perfil moderado
- Compra escalonada: acumular em tranches, reduzindo o risco de entrar no topo de uma correção.
- Monitoramento ativo: acompanhar os indicadores citados e ajustar posições conforme os sinais se confirmem.
- Proteção parcial: considerar hedge com instrumentos que convivam com carteira de risco.
Perfil agressivo
- Aproveitar volatilidade: traders de curto prazo podem explorar recuperações com gestão rígida de stop-loss.
- Evitar exposição excessiva a alavancagem até ver queda sustentada do open interest.
- Gestão de posição: entrar com parcelas menores e ampliar conforme confirmações de suporte.
O que um fundo real pode significar para 2026
Se os sinais observados em novembro de 2025 se consolidarem, o mercado poderá entrar em uma fase de recuperação mais robusta em 2026, impulsionada por:
- Maior participação institucional e produtos regulados, ampliando a liquidez de longo prazo;
- Fluxos de capital que migram do mercado de derivativos para o mercado spot;
- Redução da volatilidade extrema, permitindo adoção por investidores que exigem estabilidade relativa.
No entanto, mesmo um fundo confirmado não elimina volatilidade. O ciclo de preços de criptomoedas é influenciado por múltiplos vetores simultâneos — macro, on-chain, sentimento e regulamentação — o que exige atenção contínua.
Conclusão
Os sinais observados em novembro de 2025 — predominância de posições longas entre grandes investidores, aumento do volume à vista e queda do open interest — sustentam a hipótese de que o Bitcoin pode ter encontrado um fundo. Essas evidências apontam para um mercado menos dependente de alavancagem e com maior presença de capital real.
Contudo, o risco de uma recuperação temporária (dead cat bounce) permanece, assim como a possibilidade de choques macro e regulatórios. Investidores devem alinhar estratégias ao perfil de risco, preferir confirmação múltipla de indicadores e manter disciplina de gestão de risco.
Enquanto o mercado evolui, acompanhar métricas on-chain e de câmbio em conjunto com o cenário macro de 2025 é essencial para interpretar se estamos frente a um fundo duradouro ou a uma correção temporária.
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